Vivemos tempos de excecionalidade. A pandemia de Covid-19 tem tido uma influência visível e direta nas mais diversas dimensões da vida das pessoas e as medidas de enfrentamento que foram sendo tomadas tiveram também um profundo impacto nas instituições educativas. Este estudo pretende acompanhar os efeitos das medidas políticas extraordinárias em todos os níveis de formação (Educação pré-escolar, 1º CEB, 2º CEB, 3º CEB. Ensino Secundário e Ensino Profissional), nas redes de ensino público e privado.

Não descurando a importância de todos os intervenientes do processo educativo, este estudo reconhece a especial relevância e responsabilidade dos profissionais docentes. Portanto, é a elas/es que nos temos dirigido e é partir delas/es e com elas/es que estabelecemos a base para o desenvolvimento desta investigação. Partimos, num primeiro momento, de um inquérito por questionário (com duas versões - 2020 e 2021) que teve, como objetivo conhecer as experiências e as perceções das/os Educadoras/es e Professoras/es em exercício profissional docente. Para além da preocupação com a forma como se tem processado o ensino a distância, queremos compreender como as mudanças exigidas têm obrigado os/as professores/as a confrontar desigualdades entre alunos/as e a desafiar as suas práticas. Finalmente, temos também procurado compreender de que modo tem sido vivida a relação dos/as professores/as com a sua escola neste período e como o confinamento tem afetado o seu bem-estar.

O inquérito esteve online entre 1 e 31 de maio de 2020, e entre 1 e 21 de março de 2021, durante os primeiro e segundo períodos de suspensão geral das aulas presenciais e consequentes passagens a um ensino remoto de emergência ou a distância, instalados como medida alargada de contenção, respetivamente, da primeira e da terceira vaga da pandemia COVID-19. Foi durante estes períodos que recolhemos dados. A divulgação e apelo à participação foram feitas via email e redes sociais, com participação anónima e voluntária. Constituiu-se assim uma amostra de conveniência, a qual, naturalmente, terá sido limitada na sua capacidade de chegar a a profissionais com menor disponibilidade pessoal ou profissional para a participação, com menor acesso às redes sociais à Internet e/ou mais limitados na utilização de tecnologias digitais. Os questionários tiveram, ainda assim, uma circulação ampla, tendo sido possível, tanto em 2020 como em 2021, recolher dados de educadores/as e professores/as de todos os níveis de educação e ensino, e de todos os distritos nacionais. 

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Este estudo está ser desenvolvido pelo CIIE - Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto e a equipa inclui os/as investigadores/as Ana Cristina Torres‎; Pedro D. Ferreira (PI), Sofia Castanheira Pais‎; e as estudantes de doutoramento Ana Teixeira e Ana Moura, para além da colaboração das estudantes Camila Pimentel e Carolina Gomes. Para qualquer informação adicional ou esclarecimento de questões relacionadas com o questionário e/ou a investigação em curso, por favor contacte-nos a partir do formulário no website ou do email ete@fpce.up.pt.